sexta-feira, 28 de setembro de 2012

da multiplicação e do gado caprino de estimação


"Eles parece que nasse."

Expressão utilizada para descrever um grande número de pessoas/animais/coisas. Primeiramente registada aquando da multiplicação do pão, milagre levado a cabo por Jesus de Nazaré. Pensa-se que na multidão se encontrava pelo menos um indivíduo oriundo do noroeste ibérico - indivíduo esse que não se conteve quando assistiu ao grande feito e exclamou o dito supra citado.

Em jeito mais feérico, aviso já que este blogger viu hoje uma senhora com um lindo vestido florido, boné na cabeça e sandálias nos pés a passear uma....drumroll....cabra! (com direito a trela e tudo)

O meu dia ficou maravilhosamente mais alegre. Só não tirei foto porque estava a conduzir.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Dos milheirais e do coito


"Anda entre o milho, que já cobre dois cus!"

Convite formulado por homem minhoto a mulher minhota. O milheiral, imagem tão marcante do Noroeste português, serviu durante os tempos e serve ainda como cenário idílico para a procriação. A referência à região das nádegas é desprovida de sentido metafórico mas sugere que o espécimen macho não é adepto de posições coitais mais costumadas, como a posição missionário, mas é sim fã de disposições mais arrojadas que envolvem a pega por trás.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Das Mulheres Fabris e da Felação no Minho.


"Eu chupo, chupo mas é a do meu home!"

Senhora minhota fabril* dissertando sobre a sua vida sexual privada. Não nos esqueçamos de ler assim: <t∫u pu>. O Minho adora incluir oclusivas e fricativas em memória dos parentes Galegos. O Minho adora também agradar com a boca, como se pode deduzir pelas palavras desta senhora.

*NB: as senhoras minhotas fabris são uma espécie extremamente sui generis. Por norma, têm o hábito de debandar estrada abaixo ou acima em grupos de dois indivíduos ou mais, apoiando os braços cruzados nos seus peitos volumosos, e desfilando maravilhosamente os seus cabelos enfeitados com cotão. Mui respeitadas pelos condutores, que frequentemente têm de parar ou desviar da rota que seguem devido ao facto de estes espécimes não fazerem fila indiana na estrada: antes se posicionam lado a lado, dois ou mais, incomodando orgulhosamente o trânsito. Uma espécie feroz, a ser temida por todos os que vivem no Minho ou aqui vêm passear, mas concomitantemente venerada pela população autóctone.

Da Interjeição apimentada

Há uma interjeição no português que corre o país de norte a sul: "homessa!". Tal expressão é o mesmo que dizer "Ora essa!" ou "Essa agora!".

Mas no Minho essa interjeição assim desprovida de armadura e condimentos não satisfaz os falantes - a "homessa" juntam eles a pimenta forte, a cereja no topo do bolo: "homessa c******!".

Não fossem eles bons Minhotos, descendentes de grandes povos bárbaros, amantes incondicionais do palavrão.

da miscigenação e contaminação dos povos


"Eles decerto faz-se uns c'os outros."

Senhora minhota falando da possibilidade de pessoas asiáticas de diferentes nacionalidades copularem.

Os Celtas, Castrejos e Lusitanos, só para citar alguns, nunca foram muito receptivos a estranhos e estrangeiros, exceptuando, claro está, quando Minuro chuçou (Vd. post sobre chuçar a faca) a faca em Viriato e deu inconscientemente início à miscigenação e contaminação dos povos deste lado da Península Ibérica - aí, então, os Celtas, Castrejos e Lusitanos não tiveram hipótese e "fizeram-se uns c'os outros."

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Da expiação depois dos ditos pecados


"O Senhor me nisto peque!"

Expressão comum no Vale do Ave e que tem por objectivo pedir perdão após a produção oral de palavras que o falante considera menos correctas aos ouvidos de Deus. 

Ex: "Ó que c******, o Senhor me nisto peque!"


a Interjeição no Baixo Minho


"Bem cá toma!"

Interjeição designativa de admiração, surpresa, espanto, indignação. 
Ex: «A Igreja de Joane demorou 50 anos a ser construída? E destruíram a outra antiga, de incontável valor histórico? Bem cá toma!»

Também substituível por "bencástrenokte". Esta última variação, por não seguir propriamente as regras da evolução do latim para português, poderá mesmo ser de origem Castreja ou até, na sua génese e/ou construção linguística, ser parente não muito distante do Basco. 

da Ocupação Romana e das crianças minhotas


"Tu não és interminos de estar num restaurante!"


Não ser interminos de - não ser digno de, não ser apto, não conseguir ter comportamento adequado a certas situações.


Sem exactidão histórica nem temporal no que às suas origens concerne, esta expressão aplica-se maioritariamente a crianças mal comportadas em locais públicos. Provavelmente do latim - interminus, -o, significando 'ameaça', como ameaça à ordem pública.

a alimentação dos Celtas


Esbichar

Verbo transitivo que geralmente se refere ao acto de pegar no frango do churrasco com as mãos e chupar os ossos e sugar os pedacinhos de carne que ainda restam agarrados. 
Um acto reminiscente das práticas alimentares das antigas tribos Celtas que povoavam a zona que hoje é o Minho. Não confundir com espichar, que tem que ver com peixe. 

domingo, 23 de setembro de 2012

das mães e dos filhos no Minho

"- Eu chuço-te a faca!"

 (<t∫usu'tɛ ɐ fakɐ>)

Expressão de ameaça comummente usada por mães enfurecidas com os filhos ariscas que fazem asneiras e as enervam.

Chuçar - espetar, empalar, esfaquear.

Shakespeare no Minho


Estropiar à porta.

Expressão que deturpa o significado do verbo estropiar. Significa, basicamente, bater ao de leve à porta, quando não se tem a certeza que se quer que alguém venha receber-nos, ou quando não se pode fazer muito barulho. 
Provavelmente de origem Britânica ou Italiana: Romeu costumava estropiar à janela de Julieta para ninguém senão ela ouvir. Resquícios da aliança Luso-Britânica que ainda hoje persiste. É possível que Shakespeare tenha querido localizar Romeu e Julieta em Guimarães, desistindo por razões desconhecidas (quiçá porque lhe apareceu uma porca com pitos à noite).

de monstros, lendas e da noite.


"- Tenho de me ir embora, que ainda me aparece uma porca com pitos pelo caminho."

Senhora minhota falando do anoitecer e dos perigos que podem advir de uma mulher caminhar pela escuridão sozinha. Uma porca com pitos - antiga besta/criatura pagã muito receada pelos Lusitanos e Galegos já muito antes da ocupação Romana da Península Ibérica. Provavelmente de origem Moura.