quarta-feira, 21 de novembro de 2012

o hábito faz o monge


"Tau e vira e tá a andar de mota!"

Dito que designa pressa ou velocidade: "Aquilo é rápido, é tau e vira e tá a andar de mota!"



Sempre se soube que as ordens clericais se dedicaram (e dedicam) ao interdito concúbito com muita coisa que possa mexer. Como, em grande parte, tais actos tiveram lugar com tempo limitado e sempre com a ameaça presente de algum fiel ou qualquer pobre alma (ou até Deus, nas suas infinitas sabedoria e ubiquidade) poder involuntariamente observá-los em flagrante delito, os clérigos davam as chamadas rapidinhas. Era chus, Mila! E depois sempre pegavam numa bicicleta ou motinha para escapulirem mais velozmente da cena do pecado.

Levanta-se o hábito com o tau, vira-se o/a parceiro/a coital de frente ou por trás, e tau! Depois, toca a andar de mota.

E como no Minho somos excelentes e devotos católicos, o que não é visto não é sentido, nem sequer existe. Ámen.

as amantes de Viriato


"Chus, Mila!"

<t∫u∫ milɐ>

Expressão designativa de, por exemplo, vitória. Ex: "Portugal ganhou a Espanha no futebol. Chus, Mila!"


Poderá também ser utilizada para expressar um certo escárnio jocoso.

Fontes mais silenciadas pelos tempos indicam-nos que Mila foi uma das amantes de Viriato. Mila, uma simples mulher, forte no carácter e no arcabouço físico, foi de entre todas as amantes de Viriato aquela que o líder lusitano mais terá amado. 

«Chus», segundo o dicionário, significa «mais» ou «debaixo». De um apetite sexual voraz, Mila era uma senhora insaciável, que terá obrigado Viriato a dobrados esforços para a satisfazer a esse nível. Mas o gozo era tanto que o grande general terá popularizado a expressão aqui analisada.  

Daí que todo o macho minhoto que se preze a use como forma de exprimir a sua masculinidade, mesmo que se trate de fazer "chus, Mila!" a uma vaca ou cabra indefesas.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

da premonição do fim do mundo

"'ssim que tal."

Expressão semelhante a "qualquer dia"= "'Tenho de ir embora, 'ssim que tal ainda me aparece uma porca com pitos."

Este dito vem já desde os primórdios da fundação da Península Ibérica, aquando das celebrações da deusa Ataegina. Os velhos xamãs previram a invasão romana ao abrirem uma porca e observando-lhe as entranhas cheias de pintainhos. A canibalização vista alertou e preocupou os líderes espirituais, que anteviram o fim do mundo em cuecas. Um deles, Connoba, exclamou: "O mundo está perdido, 'ssim que tal aparecem aí os romanos e vai tudo com o c******. Vai ser a decaindo, a decaindo, a decaindo." 

Mal sabia o velho sábio que Minuro, outro xamã, encontrara naquelas palavras a motivação perfeita para atraiçoar Viriato.   


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

do leque alargado de significados

"Chincha Rabelho"


Chincha: Relação sexual ou lúbrica; barco de pesca; rede de arrastar; droga; cilha para cavalos
Rabelho: variante de Rabelo no Vale do Ave - embarcação duriense


1ª vertente de significado: uma pessoa que se agita muito, que está sempre a mexer-se.


2ª vertente de significado: o acto sexual.


Nada mais a acrescentar. 




dos golfinhos e dos homossexuais


"Gostar de golfinhos é p'ra paneleiros!"

Desde tempos antigos que o nível de masculinidade se mantém por relação com actividades que requeiram força física e nenhuma demonstração de carinho ou afecto. 


Tal frase é, portanto, por estas bandas, um axioma. Porque os golfinhos são cetáceos fofinhos, nenhum homem deverá aproximar-se deles. Pelo contrário, os homens do Minho devem aproximar-se, isso sim, de cabras, vacas e porcos, como nos tem demonstrado a história zoófila. Porque gostar de e fazer amor com esses animais é para macho; com golfinhos é para maricas. Não será por acaso que os cavalos lusitanos são conhecidos pela sua rapidez e agilidade - o povo Lusitano, em especial os do Noroeste do país, sempre lhes deram muito amor e carinho. Com muitas aspas.