sexta-feira, 26 de outubro de 2012

glúteos faciais


Ter "cara de cu à semana".

Ora bem, porque nem só de falos e vaginas se compõe o falar minhoto, temos esta pérola.

Expressão designativa de mau feitio ou mau humor espelhados na cara de alguém.

Sabemos que os lusitanos tinham hábitos de higiene muito acentuados e assíduos, mas a história mudou com a miscigenação dos povos na Península. E como alguns velhinhos minhotos diziam ainda no séc. XX, "a auga faz mal à gente" (linda, esta metátese!). Podemos então deduzir que, se para a missa de Domingo se escolhia a melhor roupa, também se lavava as partes pudendas para Deus apreciar o belo aroma que exalava de todos os poros do corpo (nesse dia, só).

À semana, no entanto, nem papel devia haver.

Fontes secretas revelaram-nos que D. Afonso Henriques tinha cara de cu à semana quando punha os olhos em D. Teresa de Leão logo pela manhã. Diz-se mesmo que foi aí que começou a verdadeira contenda entre os dois. 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Porca com Pitos vs Napoleão Bonaparte


"Lorvinho/a" ou "Lordinho/a"

Bonito/a, bem tratado/a, bem apresentado/a.



"És bonito, tens a pele lorvinha!" 

Durante a Ocupação Francesa (Guerras Napoleónicas) das terras lusas no início do séc. XIX, a Aliança Luso-Britânica foi invocada e o exército Anglo-Luso convocado. Os portugueses, naturalmente escuros, de baixo porte e perna curta, maravilharam-se com a estatura e tez dos ingleses. Como estes se apresentavam enquanto Lordes, derivou o adjectivo acima apresentado. A variação com "-v" (pronunciada, no Minho, como "b") deve-se muito provavelmente à ajuda inglesa, que cedo se revelou interesseira e brutal, com o controlo do vinho do Porto e os lucros da produção alimentar nacional e do Império. Os ingleses passaram a ser vistos, assim, como alarves:
Alarve + Lorde (diminutivo)= «lorvinho».

Um segredo da Batalha de Vitória: a aliança britânica, lusa e espanhola serviu-se de uma peça fundamental - a Porca Com Pitos, que inspirou o terror no seio das tropas de Napoleão, obrigando-as a recuar até Toulouse, onde foram finalmente derrubadas, dando fim às Guerras Peninsulares. 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

da defecação


"Vai cagar por um carro abaixo!"

Expressão denotativa de desprezo e indignação. Sinónima de: "Vai-te f****!"

Como não havia carros nas remotas origens do nordeste português, não cremos que tal construção seja desses tempos que já lá vão. Ainda assim, acreditamos que seja um resquício de algum ritual celta, castrejo, lusitano, romano ou, quiçá, mouro. Qualquer um deles que tivesse hábitos mais escatológicos, relativos ao fim do mundo ou somente à defecação. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Roupa Interior no Minho

Truços ou Truces.

Roupa interior masculina que tanto pode ser cueca ou boxer, ou seja, peça de vestuário com duas aberturas por onde passam as pernas.

A origem de tal vocábulo é desconhecida.

O Verdadeiro Adamastor


Tal como alguns Evangelhos, também se desconhece a verdade por detrás d' Os Lusíadas. Este a seguir é um excerto do autêntico e genuíno manuscrito de Luís de Camões, que, descrevendo o gigante Adamastor, não se referia ao Cabo das Tormentas mas sim à grande lenda e monstro avassalador, a Porca Com Pitos (as partes a negrito demonstram maximamente a verdade que aqui trazemos):



(...)
Não acabava, quando uma figura

Se nos mostra no ar, robusta e válida,

De disforme e grandíssima estatura;

O rosto carregado, a teta esquálida,

Os olhos encovados, e a postura

Medonha e má e a cor terrena e pálida;

Cheios de terra e crespos os cabelos,

O nariz suíno, os dentes amarelos.
(...)

Converte-se-me a carne em lavadura*;

Em cascos os braços se fizeram;

Estes membros que vês e esta figura

Sobre estas 'marelas aves se estenderam;

Enfim, minha grandíssima estatura

Nesta remota Porca converteram

Os Deuses; e, por mais dobrados gritos,

Me anda Tétis cercando destes pitos.



*Lavadura: Lavagem, água suja que fica de lavar a loiça. No Minho: restos dados a comer aos porcos.


Cf. versão publicada (números 39 e 49)



glúteos oculares

"Hoje em dia é preciso ter olhos até ao cu!"

Expressão designativa de advertência, como "olho fino e pé ligeiro."

Se Viriato tivesse tido olhos até ao cu não teria sido atraiçoado e morto pelos 'amigos'.

sábado, 13 de outubro de 2012

dos mapas romanos

Nos mapas antigos romanos, as frases HIC SVNT LEONES ou HIC SVNT DRACONES não se aplicaram nunca à zona da Península Ibérica. Antes da sua ocupação e completo mapeamento, os romanos escreviam HIC SVNT PORCI CVM PVLLI, referindo-se ao lendário monstro aterrorizador: a porca com pitos.

Como nunca nenhum documento deste género surgiu, não nos é possível mostrar nenhum exemplo. Mas prometemos continuar a nossa demanda.

licores minhotos

Na zona do Minho e arredores, a ortografia varia muito (detalhe que suspeito ser válido para o resto do país).

Licores só p'rós doutores!



quarta-feira, 10 de outubro de 2012

caras de genitália


"Nem queria acreditar, até fiquei parreca!"

Parreca: provavelmente de origem latina, da palavra parra, ae, que é o nome de uma ave de mau agouro. Segundo o Dicionário Informal, é uma palavra designativa de má sorte ou geradora de conflitos e tumultos. 


Segundo fontes menos credíveis, os romanos temiam as partes pudendas das mulheres ibéricas na altura da ocupação da península. No entanto, a expressão acima registada designa a surpresa e indignação, sendo que não se sabe ao certo o porquê da sua existência. Crê-se que os romanos temiam terem as suas cabeças transformadas em genitália se os ibéricos lhes lançassem um feitiço.

Cf. "fiquei com cara de p***" - antónimo de parreca. Designa quase a mesma coisa, podendo ser utilizada tanto por mulheres como por homens.




sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Minho, Gália, Dislalia, Genitália


"está antre as pernas!"

O Minho não terá tido muitas trocas com a Gália, mas talvez pela influência da ida e regresso do fluxo de emigrantes portugueses para França na segunda metade do séc. XX, algumas palavras, na oralidade, ter-se-ão aproximado da fonética francesa. Isso ou os Minhotos sofrem de um grave caso de dislalia.

De resto, expressão utilizada com um gesto de cariz obsceno que consiste em levar o punho cerrado aos genitais para reforçar e visualmente localizar a parte anatómica pretendida. Fisicamente, crê-se que o movimento é uma herança directa dos antepassados de Portugal, em especial dos prisioneiros lusitanos de guerra: levados para os acampamentos romanos, torturados e esfomeados, recusavam-se estes valentes guerreiros, ainda assim, a denunciar o paradeiro do seu grande general e pai da Portugalidade: Viriato. Perante a exaustivamente repetida pergunta, respondiam apenas com um esgar de troça que o seu rei estava "...antre as pernas!"