sábado, 26 de janeiro de 2013

O Aviário

Frase apanhada pela Porca num jantar em família:

"- Em Lanzarote não há camelos naturais.
 - Há, há. Quer dizer, não sei. Se calhar são do aviário."

O Aviário: o inferno de qualquer mãe/avó/tia minhota. Aquele lugar desprezível onde as coisas crescem alimentadas a "produto".

Outras frases onde figura o Aviário:

"Os ovos do Aviário não são tão marelinhos como os caseiros."

"Esse frango é do Aviário, num presta."

"Os bifes do Avíário num fico tão bons como os caseiros. Isso é de vaca industrial."

etc etc.

Acrescente-se aqui o seguinte (e que isto fique bem claro): os pitos da Porca não são do Aviário.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Sumo Pontífice


Excerto da música cantada pelas senhoras minhotas aquando da visita do Papa João Paulo II a Fátima:

"João Paulo II, o Bispo Universal,


Vem vindo, vem vindo, vem vindo a Portugal."

A hipercorreção começou já nos tempos de Viriato - todo o povo lusitano gritava o seu nome com um som que era algo entre o «u» latino e o «b», o que enervava gravemente o grande chefe. Por lhe temerem a ira, os comuns começaram então a tentar corrigir esse seu erro mas alastraram a tendência a todas as palavras, mesmo aquelas que têm, de facto, o som de «b».



Esta  tendência manteve-se até aos dias hoje e não é de ficar «barado» que no Minho aconteça múltiplas vezes:

"Aco, fábrica de calçado, Vom Dia!" - telefonista na ACO (fábrica de calçado do Vale do Ave).
"Acabei de chegar do travailho" - qualquer comum mortal destas «vandas».
"Os meus pais não me seguem muito no futevol, na vola. Mas eu bou danificar o cluve e a camisola." Citação adulterada de testemunho de Zé Nando, jogador de futebol da terceira divisão de alguma terrinha perdida entre Santa Cona do Assobio e A Dois Dedos do Cu. No Minho, claro está.

Ainda sobre a visita do Papa: ele, de facto, acedeu ao pedido das suas crentes minhotas e veio vindo, aspergindo todos os presentes com o seu sumo pontífice.

Ámen.